Boteco é como se fala em São Paulo, em terras cariocas, é botequim. Faz parte da cultura carioca, desde o pé sujo com ovo rosa até os mais arrumadinhos. O botequim é, por excelência, um espaço democrático. No mesmo espaço estão o porteiro do prédio ao lado, o executivo fazendo happy hour, a manicure que precisa relaxar depois do expediente. O praticante de karate, de kimono e chinelo e a advogada de tubinho e scarpin. Alguns intelectuais de óculos, um vendedor de loja, o “cara” que saiu pra dar uma corridinha, o casal que chega com o carrinho da criança, a senhora sozinha que senta e toma seu chopinho em paz. Tem o frequentador assíduo, que chega na mesma hora, bebe a mesma coisa e senta na mesma mesa e os eventuais, que chegam lá só pra tomar um chopinho. Tristeza e alegria fazem parte do botequim, alguns festejando, aproveitando, relaxando, outros afogando em bebida suas dores. Mas o ambiente torna todos próximos e conhecidos. Conversas aleatórias brotam entre seus frequentadores e na medida em que o teor alcoólico sobe, fica parecendo um encontro de grandes amigos. É só um momento botequim, ou boteco. Momento no qual a única coisa que importa é o que está sendo vivido. Viva nosso boteco!
Daniela Bormann
Diretora Superintendente da Febrapsi