R$ 190,00

Vagas esgotadas

Escuta da escuta

Coordenação:
Cláudio Eizirik (SPPA) e Sérgio Lewkowicz (SPPA)

 

Dia: 01/11, 4ª feira
Hora: das 8h às 18h

Participantes: até 20 pessoas

Criado por Haydée Faimberg (Paris) em 2002, esse modelo, na América Latina, é seguido por alguns coordenadores de WP, entre eles Cláudio Laks Eizirik (SPPA), Sérgio Lewkowicz (SPPA), Osvaldo Luís Barison (SPBSP) e Victória Korin (APA).

Objetivo

Aprender a reconhecer as premissas básicas implícitas do apresentador, e também as nossas próprias suposições a partir das quais estamos escutando o apresentador e a cada um dos demais participantes. Podendo “escutar como cada participante escuta o outro”, vamos detectando os mal-entendidos que muitas vezes impedem o reconhecimento dos pressupostos básicos que cada participante escuta e se baseia para intervir.

Metodologia

O analista apresenta as sessões divididas em fragmentos. Após a leitura de cada fragmento, abre-se a discussão no grupo. Isso permite que os participantes estejam na mesma posição de “não saber” (não saber as respostas do paciente e a próxima sequência), da mesma forma que o analista (apresentador) se encontrava nesse momento da sessão com seu analisando. A partir do hiato existente entre o que o participante pensou que estava dizendo e a maneira em que foi efetivamente escutado pelo paciente e pelo grupo é que o grupo começa a cocriar uma linguagem comum que possa ao mesmo tempo compreender diferenças.

Propõe-se uma escuta livre de preconceitos, atenta aos efeitos das intervenções do analista no paciente. A análise de diversos materiais clínicos mostra como as respostas do paciente são inesperadas e imprevisíveis.

Os participantes se veem obrigados a deixar em suspenso seus pontos de vista e a tratar os efeitos das intervenções do analista no material e nos demais participantes do grupo.

Sobre o método, diz H. Faimberg, na Revista Brasileira de Psicanálise (vol. 44, n. 3, pp. 33-41, 2010):

Com frequência, o material clínico é escutado a partir de um único pressuposto básico. Em nossos grupos, procuramos não apenas escutar o apresentador e reconhecer os pressupostos básicos com que escuta seu paciente, mas também reconhecer os nossos pressupostos básicos, aqueles com os quais escutamos tal apresentação.

Usamos função de “escuta da escuta”, originalmente proposta (Faimberg, 1981) para a escrita da sessão. Exploramos o impacto produzido pelos pressupostos básicos de cada participante (incluindo os do apresentador), sobre a discussão em si.

Escutamos o hiato entre o que o participante acreditava dizer e como foi efetivamente escutado. Faz-se, assim, possível explorar fontes de mal-entendido, bem como pressupostos básicos de cada um de nós. Cocriar uma linguagem em comum aponta para o entendimento mútuo na discussão, respeitando a alteridade de cada um. O projeto não consiste, portanto, em propor que, como analistas, trabalhemos de maneira similar.

Uma importante característica deste método é que os participantes são convidados a associar livremente após a leitura de cada fragmento da sessão, e com frequência se observa a recriação, no grupo, de aspectos do campo analítico que foi criado entre paciente e analista, na sessão original. 

 

Os WP são abertos apenas para membros e candidatos da Febrapsi. É possível inscrever-se em apenas um Working Party no Congresso.

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